BH tem programa de obras para reduzir riscos geológicos

A obra de contenção da Rua Gil Moraes de Lemos que está cedendo e prejudicando o Estádio Isaías Gougher (campo do Tupinense) e deixando os moradores preocupados – foto: @marcossilvabhz | Arquivo JCA

A Prefeitura anunciou investimento de R$ 118 milhões em até 18 meses em programa de Gestão de Risco Geológico que tem de mais de 200 obras emergenciais na Capital Mineira. Das obras para mitigar o risco geológico em Belo Horizonte, 70 intervenções serão finalizadas ainda em 2022 até o período chuvoso. Desse número, 30 estão prontas ou em finalização,15 em andamento e 25 serão iniciadas.

Na Regional Norte 19 obras fazem parte do conjunto de 200 obras previstas e estão distribuídas em cronograma para execução. Projeto Padrão são quatro obras nos bairros/vilas programadas: São Tomás na Rua Coromandel, Novo Aarão Reis, Jardim Felicidade na Márcio Lafaiete Coelho e no Mariquinhas.

Os projetos específicos estão subdivididos em execução: No Jardim Felicidade na Avenida Fazenda Velha e no Tupi Mirante na Rua Flor de Liz. Obras com projetos concluídos e aguardando licitação de obra na Vila Primeiro de Maio, Vila Mariquinhas e Vila Boa União. Com projetos a contratar: no bairro Novo Lajedo (Ruas Progresso, Bonsucesso, Pedro Lima, Monte Verde, Paraíba, Monte Belo, Martinez C. de Souza e Av. Des. Cândido Oliveira.)

São obras mais fáceis e outras mais complexas. Nós vamos começar, logicamente, pelas mais fáceis para poder avançar rapidamente. Vamos atingir toda a cidade, afirmou o prefeito. Ainda segundo Fuad Noman, as intervenções inicialmente definidas são importantes para evitar que a população fique exposta às situações de risco, mas os trabalhos não ficarão restritos a elas.

Continuamos mapeando, avaliando e estudando quais são as áreas que precisam ser atendidas. Mas estamos dando um grande passo hoje, com o início desse programa, para evitar o risco, evitar mortes, evitar desabamentos e uma série de situações ruins em que a Defesa Civil tem que se virar para não deixar as pessoas morrerem, destacou.

Segundo a Prefeitura, técnicos do município vão mapear as áreas de risco nas nove regionais da cidade, com o diagnóstico é possível o planejamento específico e captação de recursos financeiros para erradicar o problema que atinge no período chuvoso.

Em 2020 a cidade foi castigada por fortes chuvas que causaram problemas que demandaram 4.820 vistorias de avaliação de risco geológico, 70% a mais em relação aos cinco anos anteriores. Também em 2020 foram removidas 1.050 famílias, número bem superior à média anuais de 30 famílias no período de 2015 a 2019.

No bairro Tupi dois pontos críticos chamaram atenção na Avenida Basílio da Gama e na Rua Gil Moraes de Lemos. Avenida recebeu atenção da Prefeitura com a execução de uma obra emergencial de contenção da encosta. Na Rua Gil Moraes de Lemos uma obra realizada em 2013 para fazer a contenção da via e proteger o campo de futebol não suportou.

Para resolver a demanda dos moradores temerosos pela destruição da rua, existe emenda no orçamento financeiro da Prefeitura no valor em torno de R$600 mil reais, recursos que não são suficientes segundo informou o Josué Valadão em reunião da Comforça na sede da Regional Norte. Em breve terá a licitação para elaboração de estudo e projeto para os campos do Tupinense e do Havai foi publicada no Diário oficial do Município (DOM).

Serão feitas intervenções em pés de encostas, estabilização dos morros, além de esgotamento e drenagem, para evitar que a água não escorra e desestabilize os barrancos. A previsão da Prefeitura é concluir as 200 obras até 2023.