Preocupada com a estação chuvosa deste ano, a Prefeitura de Belo Horizonte apresentou Protocolo de Atuação Integrada de prevenção. O trimestre de novembro a janeiro é frequentemente o mais chuvoso. O objetivo é garantir a eficiência do trabalho integrado com órgãos municipais e estaduais que atuam na área, para atender as demandas dos eventuais problemas que ocorrerem na cidade.
Na Regional Norte tem alguns pontos críticos durante a estação chuvosa, o complexo de ruas em torno do Campo do Tupinense e a Avenida Basílio da Gama (foto) que recebeu uma obra emergencial. Outro que causa impacto na cidade é na Avenida Cristiano Machado, divisa das Regionais Norte e Pampulha.
Divulgada ações de prevenção para o período de chuvas
A estação chuvosa em Belo Horizonte ocorre entre os meses de outubro a março com as primeiras pancadas de chuvas que normalmente ocorrem na segunda quinzena de setembro, quando começa o declínio do período da estação seca. Segundo os dados históricos do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), no decorrer do mês de outubro, as pancadas de chuvas se tornam mais frequentes, estabelecendo na segunda quinzena do mês o início do período chuvoso na Região Metropolitana da Capital Mineira.
O trimestre de novembro a janeiro é frequentemente o mais chuvoso do ano quando os reservatórios hídricos se recuperam. Mas por outro lado é o período de maior impacto em Belo Horizonte quando acontecem as inundações e desastres geológicos na cidade. Os períodos chuvosos sempre causam transtornos e prejuízos materiais para população e em alguns casos até vítimas fatais.
Para enfrentar o período de chuvas, neste ano e no início do próximo, a Prefeitura de Belo Horizonte apresentou o Protocolo de Atuação Integrada em Eventos de Chuva. O objetivo é garantir a eficiência do trabalho integrado com órgãos municipais e estaduais que atuam na área, para atender as demandas dos eventuais problemas que ocorrerem na cidade. A coordenação ficará a cargo da Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil (SUPDEC) do município que vai orientar as articulações entre o Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte (COP-BH) e as instituições envolvidas.
São 16 instituições que compõem com destaque para aquelas envolvidas mais diretamente nos trabalhos, como a Guarda Municipal, BHTrans, SAMU, Sudecap, SLU, Urbel, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Cemig e Copasa.
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De acordo com a divulgação da PBH, o protocolo aponta o papel que cada instituição deve desempenhar e sua interface com as demais, em ocorrências rotineiras ou críticas relacionadas com as chuvas, como alagamentos, enxurradas, inundações, quedas de árvores, etc. O planejamento aponta as linhas de ação a partir do monitoramento das chuvas na cidade, tendo como foco o rápido atendimento das ocorrências de forma integrada e coordenada. O trabalho deverá ter continuidade após o evento climático com acompanhamento dos órgãos envolvidos incluindo Defesa Civil nas vistorias, a Urbel fará obras nas áreas de risco e SLU cuidará da limpeza para desobstruir vias e bocas de lobo. A Sudecap fará a recuperação de vias, incluindo o tapa-buracos.
A Prefeitura acredita que esse trabalho coordenado e integrado poderá fazer com que a cidade retome sua rotina rapidamente.
Na Regional Norte
Algumas medidas foram tomadas para minimizar os danos causados no período chuvoso dos anos de 2019/2020 e 2020/2021, Algumas dessas medidas ainda não foram concluídas como o sistema de microdrenagem que envolvem o ribeirões Pampulha e Cachoeirinha que fazem confluência na Avenida Cristiano Machado junto da Estação BHBus
São Gabriel, ponto de origem do Ribeirão do Onça. O ponto crítico é o alagamento na divisa das Regionais Norte e Pampulha, onde as Avenidas Cristiano Machado e Sebastião de Brito anualmente inundam, deixando famílias isoladas nos bairros Primeiro de Maio, na Regional Norte e o Suzana na Regional Pampulha.
Obra na Basílio da Gama
No bairro Tupi A têm dois pontos críticos no período das chuvas. Nas ruas que contornam o Estádio Isaías Gougher (campo do Tupinense) os problemas com deslizamento dos barrancos são recorrentes. Na Rua Zequinha de Abreu a queda do barranco ameaça as casas que fazem divisa com o campo de futebol. Nas Ruas Nelson Hungria e Gil Moraes de Lemos as vias apresentam rachaduras no asfalto e no período das chuvas sempre há queda do barranco. Inclusive uma obra de contenção que foi realizada pela PBH há mais ou menos cinco anos cedeu durante as chuvas de 2019/2020. Este ano a Defesa Civil esteve no local e colocou uma lona plástica no local para proteção do barranco.
Na Avenida Basílio da Gama, no Tupi B, a Prefeitura está concluindo a obra emergencial. O barranco que cedeu com as chuvas do ano passado, recebeu uma obra de contenção de encostas depois de colocar em risco a Creche José de Souza Sobrinho que acolhe os filhos, aproximadamente 100 crianças, dos funcionários do Hospital Sofia Feldman. Para dar estabilidade ao barranco foram construídos um gabião e um muro grampeado para restabelecer o maciço do talude, além de drenagem. Falta a realização da pavimentação como previsto no escopo da obra que consta na ordem de serviço autorizada em abril deste ano.
Para Robson Mota e José Bárbara, os moradores da Avenida, a obra é uma paliativo que atende uma parte do problema, declararam em recente entrevista ao ZNPlay, canal de notícias do Jornal COMUNIDADE EM AÇÃO no YouTube. Mas eles cobram que seja feita a obra aprovada no Orçamento Participativo Digital de 2011, que inclui a canalização e urbanização do córrego.
Redação e Fotos: Marcos Silva – redacao1@comunidadeemacao.com.br