Viaduto da Waldomiro Lobo tem 20% da obra concluída

A principal via do vetor norte de Belo Horizonte está em obras desde novembro do ano passado e receberá um conjunto de intervenções para mudar a fluidez ao tráfego na região. A Prefeitura Belo Horizonte (PBH) está construindo um viaduto na Av. Waldomiro Lobo sobre a Av. Cristiano Machado. De acordo com informações da PBH 20% da obra estão prontas. Foram feitas quatro das cinco fundações da alça Guarani, dois blocos e quatro pilares. Com investimentos de R$105 milhões a obra deverá durar 12 meses com previsão de término para o 2º semestre de 2024. As obras são custeadas com recursos provenientes do contrato de financiamento da Corporação Andina de Fomento e dos Recursos Ordinários do Tesouro.

O prefeito Fuad Noman (o segundo da esquerda para direita) visitou a obra do viaduto da Waldomiro Lobo Foto: @marcossilvabhz |JCA

O prefeito Fuad Nomam esteve nesta terça-feira (11/07) visitando a obra. Ele ressaltou a importância da obra para Região Norte e os benefícios para os bairros Guarani, Floramar, Heliópolis e outros bairros vizinhos. Além do viaduto na Av. Waldomiro Lobo, mais três obras estão previstas para Av. Cristiano Machado. Uma alça será construída ligando Av. Saramenha sobre a Av. Cristiano Machado que dará acesso no sentido centro eliminando o semáforo naquela esquina. Na Avenida Sebastião de Brito um complexão de viadutos serão construídos no local sobre a linha do metrô. Esta obra envolve o desvio do ribeirão Pampulha, que deságua no ribeirão do Onça, com objetivo de eliminar enchentes próximo ao bairro Primeiro de maio no período das chuvas.

Já próximo à Catedral Cristo Rei em frente ao shopping terá duas trincheiras. Uma conectando os dois sentidos à MG10, melhorando o acesso ou retorno da cidade Administrativa e Aeroporto de Confins. A outra trincheira será em direção à Venda Nova. O projeto ainda não está concluído, segundo informou o prefeito Fuad. Durante a coletiva ele explicou que em cima da trincheira deverá ser construída um bulevar. Segundo disse o chefe do executivo municipal este conjunto de obras proporcionará mais agilidade no deslocamento até ao centro da cidade.

Queremos que o trabalhador, que usa essa pista para ir trabalhar, fique mais 20 minutos em casa dormindo. Essas três obras vão permitir a redução do tempo de deslocamento em termos de 20 minutos. Essa obra sozinha (Waldomiro Lobo) está prevista uma redução de dez minutos no tempo. Queremos que o trabalhador tenha mais tempo, fique menos tempo no trânsito. A obra é importantíssima, porque tira três grandes gargalos da Linha Verde”, afirmou o prefeito Fuad Noman.

Em baixo do viaduto da Av. Waldomiro Lobo estão previstas a criação de áreas verdes, quadras esportivas, ciclovias que ligara a pista da Av. Saraemenha. O bicicletário será para os usuários do metrô.

Desapropriações

As desapropriações previstas para construção do viaduto estão correndo. Em torno da obra são 17 imóveis serão desapropriados. Na atual rotatória no sentido do bairro Guarani para o São Bernardo a maioria dos imóveis está sendo demolidos. Por ser uma área do município ocupada por residências e imóveis comerciais, a desocupação foi mais fácil.

As demolições de imóveis já começaram dando espaço para o viaduto Foto: @marcossilvabhz | JCA

Durante a coletiva de imprensa, o prefeito Fuad Noman explicou que a Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel) tem cuidado das desapropriações e indenizações. Para os imóveis legalizados o processo difere por serem imóveis privados.

A reportagem do Portal COMUNIDADE EM AÇÃO perguntou ao Prefeito a situação dos imóveis mistos (comercial e residencial) de que forma a PBH traria o assunto, se os lojistas que são inquilinos seriam indenizados.

Fuad Noman explicou que está é uma relação entre o proprietário do imóvel e inquilino com as partes devem seguir o contrato de locação.

Alguns comerciantes próximos da obra estão preocupados. Um deles é Samuel Faria é dono de uma empresa de calhas que funciona há mais de 15 anos na esquina das duas avenidas. Ele terá que desocupar a loja que será demolida. Abalado emocionalmente ele conta que constatou as suas vendas cair em 70% e questiona o futuro da empresa dele em relação aos lucros cessantes, despesas com mudança e remoção dos equipamentos que são pesados. “Tem equipamento que para retirar da loja tenho de quebrar parede, ele tem mais de 6 metros”, disse o pequeno empresário. Samuel conta que já procurou advogado e que deve entrar na Justiça.

Redação: Marcos Silva

redacao1@comunidadeemacao.com.br

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