De e volta à estaca zero

Em razão da explosão de casos, mortes e internações pelo novo coronavírus levou o Comitê de Enfrentamento à Covid a tomar a decisão.

Redação

Duraram trinta e três dias a retomada das atividades do comércio e economia. O prefeito Alexandre Kalil (PSD) anunciou, hoje (26/6), que a medida é necessária para conter o avanço do novo coronavírus. Constrangido após iniciar o processo de flexibilização social, o prefeito de Belo Horizonte teve que recuar e determinar a adoção de medidas rígidas, as mesmas adotadas no início do isolamento social. O executivo ordenou que lojas que estavam autorizadas a funcionar voltem a fechar as portas a partir da próxima segunda-feira (29). Apenas os serviços essenciais ficam liberados. A explosão de casos, mortes e internações pelo novo coronavírus levou o Comitê de Enfrentamento à Covid a tomar a decisão.

“Estamos voltando para a fase zero do bloqueio da cidade. A partir de segunda-feira, nós só iremos manter os serviços essenciais como no início da pandemia”.

O constrangimento de Alexandre Kalil ficou evidente na explicação quando lamentou a situação, mas reforçou que parte da população não atendeu as orientações do Comitê do município, que era manter o distanciamento social e uso correto de máscara. “Ninguém está mais triste, mais amolado e ninguém avisou tanto a população de Belo Horizonte que não eram férias e que todos nós deveríamos nos manter em casa, só fazer o essencial, o que não aconteceu.”

Depois que isolamento foi autorizado pela prefeitura, a Capital Mineira em cinco semanas viu superar o dobrar os registros da doença. Os números são de 4.868 infectados com 109 mortes. Em maio (25) eram 1.402 casos e 42 óbitos. Segundo médicos do Comitê de Enfrentamento à Covid, é a maior circulação de pessoas nas ruas da cidade proporcionou o aumento dos casos, dai foi preciso voltar atrás vai expor menos a população ao vírus.

O prefeito já vinha sinalizando com a possibilidade de recuar quando no dia 12 a prefeitura determinou que nenhuma outra atividade comercial fosse liberada para abertura. Com isso, bares, restaurantes, academias e clubes permaneceram impedidos de reabrir.

As lojas da capital permaneceram fechadas por 66 dias, quando em 25 de maio a metrópole deu início à primeira fase da flexibilização gradual do comércio. Salões de beleza, lojas de cosméticos, brinquedos, veículos automotores e até shoppings populares puderam reabrir as portas. Duas semanas depois, foi a vez de lojas de calçados, armas, acessórios e artesanatos receberem o aval do município para retomar o funcionamento. Com a segunda fase da flexibilização, 92% dos empregos da cidade ficaram ativos e 824 mil pessoas puderam circular pelo município.

Em Belo Horizonte volta a funcionar somente as atividades essenciais do início do isolamento social.