A eleição para conselheiros tutelares em Belo Horizonte no último domingo ainda repercute nesta segunda-feira. As críticas ao sistema próprio desenvolvido e implantado pelo município continuam fortes entre os diversos grupos de mensagens da Zona Norte.
Depois da pane no sistema da Prodabel, a votação foi em cédula de papel. A dificuldade para que o eleitor fazer a sua escolha ao conselheiro de sua preferência, muitos desistiram de votar. Participar da eleição para conselheiros tutelar foi voto facultativo e sem penalidades para que desistisse de escolher o seu candidato.
O TRE-MG divulgou que no estado, os 381 municípios apoiados pelo órgão eleitoral com o empréstimo de urnas eletrônicas, a votação transcorreu tranquilamente. Grandes cidades como Betim, Contagem, Governador Valadares e Ribeirão das Neves usaram as urnas eletrônicas com sucesso.
Belo Horizonte foi um dos municípios, do total de 853 que integram o Estado, que não solicitou o apoio da Justiça Eleitoral. Em BH a votação ocorreu utilizando-se de sistema próprio de votação desenvolvido pelo município, tendo em vista que cada um dos Conselhos Municipais dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes – CMDCAs é o responsável pela organização das eleições em cada cidade.
A Justiça Eleitoral mineira emprestou 4.895 urnas eletrônicas para atender os 381 municípios. Dessas urnas, 3.873 foram usadas nas seções eleitorais e 1.022 urnas foram preparadas como reserva, conhecidas como urnas de contingência. O serviço Disque-eleitor registrou ao longo do dia 266 chamados relacionados a eleitores buscando por seu local de votação ou ainda sobre sua situação eleitoral.
“Estamos vivendo hoje a experiência do sucesso que tem sido o uso das urnas eletrônicas nos municípios para as eleições de conselheiros e conselheiras tutelares. Uma eleição importante, com uma grande repercussão para a defesa de direitos das crianças e dos adolescentes. Esperamos que nas próximas eleições todos os municípios optem por utilizar das urnas eletrônicas”, ressaltou Paola Domingues Botelho Reis de Nazareth, promotora de justiça e coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (CAODCA).
Os Conselhos Municipais de cada uma das cidades foram os responsáveis por todo o processo de escolha dos conselheiros tutelares e serão os responsáveis pela apuração do resultado da votação e pela divulgação dos nomes dos conselheiros eleitos. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) fiscalizou os procedimentos da eleição.
Redação & fotos: Marcos Silva*
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