BOM EXEMPLO X MAU EXEMPLO

Bom exemplo de voluntários cuidam de animais em situação de rua
bomexemplo

O trabalho sério dos voluntários que dedicam parte do seu tempo para amparar e acolher os animais abandonados. Sorte, têm os animais em situação de rua que contam com pessoas envolvidas em prol da causa animal. É o caso do mecânico Cláudio Miranda que junto com os colegas de trabalho adotaram a Pretinha que além de casa e comida recebe carinho.

Mau exemplo – o policial militar instiga o pitbull atacar o vira-lata

As imagens de cão pitbull atacando um cachorro vira-lata na Avenida Saramenha (4/9) na divisa do bairro Tupi com o Guarani, deixou a população indignada. A violência contra o animal foi registrada pelos moradores. O pior, quem instigou o pitbull atacar o vira-lata Negão, foi um sargento da PMMG segundo relata as testemunhas que também foram ameaçadas pelo militar.

Bom e mau exemplos são determinantes para animais abandonados

As imagens de um cão pitbull atacando um cachorro vira-lata, na Avenida Saramenha (4/9) na divisa dos bairros Tupi e Guarani, deixaram a população indignada. A violência contra o animal foi registrada pelos moradores. No vídeo mostra que o dono não conseguia conter a fúria do pitbull contra um outro cachorro. É possível ver que o homem estava com a focinheira do cachorro na mão.

Populares, que tentaram socorrer o cão que era atacado, foram ameaçados pelo dono do pitbull, segundo uma das testemunhas, que participou da tentativa de resgatar o vira-lata e que pediu anonimato temendo represálias.

“Ele se identificou como polícia e não falou o nome dele não, entendeu? Só falou que era polícia e saiu andando (sic)”, disse uma testemunha relatando que o dono do pitbull ficou exibindo arma em público. Outra testemunha relata que no dia seguinte, o policial voltou fardado ao bar e simulando uma ação policial. “Foi como para intimidar as pessoas que viram o que ele fez com o coitado do cachorro” disse uma das testemunhas ameaçadas.

Bruna Azevedo, a protetora que recolheu o cão para tratamento, em entrevista para Rede Globo, contou que recebeu ameaças pelas redes sociais após ter acolhido o cão para tratamento. As mensagens de um aplicativo demonstram que ela está sendo vigiada por um suposto policial. Já o motorista Wander Martins na mesma reportagem relata que viu o dono pitbull abaixando e tirando a focinheira do cão agressor.

Por meio de declaração para imprensa a PMMG, por meio do major Flávio Santiago, porta-voz da PM disse que “O militar, mesmo de folga, quando ele comete uma ação que fira valores institucionais, nós apuramos e tomamos providência também. E, dependendo da situação, pode caber até uma exclusão das fileiras da corporação”, em nota o 13º Batalhão confirmou que o dono do pitbull é militar e que está investigando o caso e que a Polícia Civil também abriu procedimento.

Bons exemplos

A população reclama da falta de ação do poder público no controle dos animais

Existem várias ONG’s em diversa cidades do país que fazem um trabalho sério de proteção aos animais. Nas redes sociais e em conversa com algumas delas, identificamos o trabalho e o carinho dos voluntários que dedicam parte do seu tempo para amparar e acolher os animais abandonados. Porém, o custo, o espaço e a manutenção para cuidar é alto e elas dependem de doações.

Sorte, têm os animais em situação de rua que contam com pessoas envolvidas em prol da causa animal. São pessoas anônimas que tem boas iniciativas para amparar cães e gatos que estão abandonados nas vias públicas. É comum, ao caminhar pelos bairros da Região Norte, encontrar nas calçadas vasilhas com água e porções de rações que são deixadas por moradores para alimentar os cães.

O mecânico Cláudio Miranda, 50 anos, faz parte do contingente de voluntários que dedicam tempo e recursos para cuidar da Pretinha. Ele trabalha em uma oficina na Rua José Soares no bairro Floramar e encontramos a Pretinha no pátio da oficina deitada do lado dele enquanto ele fazia a manutenção de um carro. Miranda conta que a cadela convive há muito tempo com eles na oficina durante o dia. “ Antes era um casal mas o macho adoeceu, levamos ao veterinário mas não teve jeito e acabou morrendo na clínica e ficou a despesa de R$800,00 que estamos pagando aos poucos”, diz o mecânico que mensalmente ele faz uma vaquinha com os colegas de trabalho e o dono da oficina para pagar a conta do veterinário. “Uma pessoa que nos ajuda nas despesas aqui é a Cida (Bar da Cida).” Miranda conta que a presença da Pretinha na oficina alegra o ambiente pois ela é muito dócil.

Já a parte da alimentação é por conta do Henrique Pressotti, dono da oficina, que tem vários gatos que também foram adotados, “teve um que passou por cirurgia na perna e eu levei para minha casa”. Ele relata que no Floramar é comum ver cachorros em situação de rua. Segundo Pressotti é comum ver pessoas parando o carro e abrindo a porta e soltando o cão na rua, “o cachorro fica olhando para o dono que arranca o carro e deixa o cachorro pra traz”.

Ambos, Miranda e Pressotti, cobram que as autoridades deveriam agir e punir pessoas que maltratam e abandonam os animais, seja por estarem doentes, ou por falta de dinheiro para alimentar os animais. O caso do pitbull que foi instigado a atacar o vira-lata na Avenida Saremenha deixou Miranda e Pressotti indignados com atitude e comportamento do dono do cachorro. Pressotti relatou de um caso semelhante que aconteceu no bairro Floramar onde um pitbull também atacou um viralata na porta de uma loja e foi socorrido por pessoas da comunidade.

Reportagem e fotos: Marcos Silva