O maratonista e treinador Omar Santos atesta potencial em jovem talento para o atletismo. Gabriel das Gilbert Moreira Severino , 14 anos, vem despertando olhares de quem acompanha sua carreira no atletismo. O jovem que possui uma biomecânica corporal como de atletas quenianos, na avaliação do técnico Omar Santos, vem alcançando boas marcas em testes de velocidade.
O treinador Omar Santos nos mostrou as marcas do jovem em testes realizados no Centro Esportivo Universitário (CEU) da UFMG. Gabriel gravou 1m,07s em uma pista de 400m e no percurso de 1000m fez em 3m15s, marcas pouco abaixo de atletas experientes comparados com o ranking publicados no site da Federação Mineira de Atletismo (FMA).
Gabriel, que se mostra um rapaz tímido e tranquilo, acredita no futuro que o atletismo pode lhe oferecer. “Eu tenho achado bem bacana”, diz Gabriel afirmando que gosta e pode ser um atleta.
Atleta experiente com participações em diversas competições no Brasil e no exterior, Omar Santos, aos 57 anos, ainda está ativo em competições. Atualmente ele faz um trabalho de estímulo e treinamento de pessoas que se interessam no atletismo. Omar formou a equipe Omarathon Runners, que tem atletas de 14 a 70 anos para qual ele coordena os treinamentos na Avenida Risoleta Neves (Via 240) diariamente. “Eu gosto de incentivar as pessoas correr e na (melhora) qualidade de vida, para a pessoa saber fazer uma caminhada, fazer uma corrida e alimentar bem” diz o maratonista, alertando que para praticar o esporte é importante usar roupa e calçados adequados.
Omar lamenta da falta de atenção para o esporte, em destaque para o atletismo que pode transformar a vida do atleta e familiares. Ele cita o seu exemplo foi atleta da PMMG e de clubes em Minas Gerais. Omar Santos já trabalhou em projetos sociais que visavam resgatar os jovens das drogas, tendo o esporte como ferramenta de integração social. Ele frisa sobre a importância de apoiar jovens talentos e como o atletismo precisa de mais incentivo, financeiro inclusive, já que muitas competições, não há premiação em dinheiro nem para os vencedores. É um esporte sacrificante, mas é um esporte que não requer padrinho, é treinar e ter foco depende mais do atleta, afirma Omar Santos, “não precisa de padrinho como no futebol” conclui. O treinador destaca que o atletismo é um esporte de baixo investimento, e a mídia deveria apoiar mais.
O apoio é presente no caso de Gabriel, seu pai se mostra esperançoso ao dizer que Gabriel daqui a um tempo, poderá despontar nas pistas em alto nível. “Ele é um garoto tranquilo, e dedicado” diz Paulo das Graças Severino, que declarou o apoio da família à trajetória esportiva do garoto, e espera futuramente vê-lo na elite do atletismo.
Reportagem e foto: Tiago Morais*
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*Estágio sob supervisão do jornalista Marcos Silva