Uso de máscaras deixa de ser obrigatório em ambientes
fechados de Belo Horizonte
A Prefeitura de Belo Horizonte desobrigou a utilização de máscaras na maior parte dos espaços fechados na capital, incluindo escolas e comércios. Para a segurança da população, o uso ainda será obrigatório em todos os equipamentos e serviços de saúde da cidade, municipais ou não, além do transporte coletivo, escolar e situações específicas previstas em protocolo, como no caso de self-service em restaurantes. O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira, dia 27.
“O uso da máscara passa a ser facultativo, quem quiser usar a máscara, usa, mas acaba a obrigatoriedade. A Dra. Cláudia, nossa secretária de Saúde, avaliou junto com os técnicos, junto com a ciência, e chegamos à conclusão que já podemos tomar essa medida”, afirmou o prefeito Fuad Noman. Há hoje uma tendência de queda e estabilidade em baixos níveis dos indicadores epidemiológicos e o avanço da vacinação para os públicos elegíveis.
Em relação aos índices monitorados para a definição, foi observada a redução da incidência da Covid-19 no município, sendo os dados dos últimos dias inferiores a 10 casos por 100 mil habitantes. A taxa de positividade de testes para a detecção da doença também caiu de 23,17% no mês fevereiro para 5,64% em março e, até o momento, 1,39% em abril. Além disso, houve a diminuição da taxa de letalidade – percentual de pessoas diagnosticadas com Coronavírus e evolução para óbito – passando de 2,28% em 2020 para 0,69% neste ano.
“Isto não quer dizer que é o término da pandemia, mas todos os nossos protocolos, que foram muito bem seguidos pela população, permitiram que nós tivéssemos estabilidade no nível baixo com relação às notificações, confirmações e óbitos”, explica a secretária municipal de Saúde, Cláudia Navarro.
A secretária também abordou a atual cobertura vacinal da segunda dose entre as crianças. Nos últimos 40 dias houve um crescimento muito rápido no índice de vacinação. No dia 17 de março, 13,3% das crianças haviam tomado a segunda dose. Atualmente, este índice está em 35,9%. “A elevação muito rápida deste índice também foi um dos motivos para a liberação das máscaras em locais fechados”, acrescenta.
Com a melhora do cenário epidemiológico, a Prefeitura publicará uma portaria revogando todas as regras específicas para as diversas atividades e estabelecimentos, que deverão passar a seguir um único protocolo geral, que será atualizado e simplificado. Com isso, deixam de ser exigidos, por exemplo, a apresentação de testes com resultado negativo para a Covid-19 ou comprovante de vacinação para eventos. Haverá ainda regras específicas para funcionamento de escolas. Outra mudança é em relação aos velórios em cemitérios públicos, que deixarão de ter limite de pessoas. As novas definições fazem parte do processo gradual e seguro de flexibilização adotado pelo município desde o início da pandemia.
O decreto com a atualização das regras de uso de máscara e o novo protocolo serão publicados no Diário Oficial desta quinta-feira, dia 28, com vigência imediata. A disponibilização será feita também no portal da Prefeitura, neste link.
A Prefeitura reforça que a pandemia não acabou e é imprescindível que a população continue adotando as medidas de prevenção para manter a transmissão da doença em um nível de controle, sendo necessária a higienização frequente das mãos, a etiqueta respiratória e o esquema vacinal completo. Também é recomendado o distanciamento de um metro em locais com aglomeração. O município tem reforçado a importância da vacinação, com a realização de ações diárias de repescagem.
A Secretaria Municipal de Saúde seguirá com o acompanhamento diário dos números da Covid-19 na cidade e, caso necessário e com base em evidências científicas, medidas serão prontamente adotadas.
Campanha de vacinação
A Campanha de Vacinação Infantil da Prefeitura de Belo Horizonte convoca pais e responsáveis a levarem seus filhos para serem vacinados contra o sarampo e a Covid-19. A vacina contra o sarampo é destinada a crianças de 6 meses a 5 anos de idade incompletos. Já a da Covid-19 é para crianças de 5 a 11 anos.