Moradores em torno da Praça Cândido Porti-nari estão se organizando em um grupo para fazer adoção da Praça Cândido Porti-nari no bairro Tupi. A praça foi recentemente revitalizada pela Prefeitura que investiu cerca de R$390 mil na adequação em projetos de acessibilidade, jardinagem, melhoria na iluminação pública, alambrado, pintura do piso da quadra e equipamentos urbanos de lazer para crianças.
O destaque ficou o espaço multiuso destinado para os eventos culturais. O local recebeu adereços, em cerâmica azul e branca, que foram inspirados nas obras do artista plástico Cândido Portinari na Igreja de São Francisco que compõem o conjunto da Pampulha. Portinari é autor do painel externo em azulejo azul e branco, na fachada posterior da igreja, que retrata cenas da vida de São Francisco.
Renata Oliveira, que está coordenando o grupo, afirma da importância dos moradores participar da adoção da praça.
“Acho muito importante à praça ser adotada pelos moradores, pois somos nós que convivemos diariamente com o espaço e sabemos o quanto é importante cuidar e manter a praça saudável visando um ambiente agradável e em boas condições de uso pela comunidade.”
A coordenação do grupo Amigos da Praça Cândido Portinari, nome provisório do coletivo, tem como proposta criar projetos culturais e lazer além da adoção da praça. Uma carta foi distribuída nas residências em torno da praça convocando as pessoas para o primeiro contato para tratar sobre esse assunto. Moradores já manifestaram aprovando a iniciativa e oferecendo para fazer parte do grupo e colaborar para cuidar e preservar a praça. Algumas sugestões já foram apresentadas.
A origem
O bairro Tupi surgiu no início dos anos de 1960 e como qualquer em-preendimento imo-biliário fora do cinturão da Avenida do Contor-no era destinado às pessoas de baixa renda que sonhavam em ter um canto para morar. É comum ouvir relatos de antigos moradores da dificuldade para morar no bairro Tupi. A falta de infraestrutura era total, a única coisa que o bairro tinha era as ruas de terra abertas. Somente na Praça Cândido Portinari tinha calçamento por ser o ponto final do ônibus da linha 79 que veio transferido do bairro Aarão Reis depois de mudar por duas vezes de local.
Na Praça era o local onde tudo acontecia no bairro, do comércio, ao ponto de venda de lotes, eventos – churrasco da inauguração da iluminação do bairro, e os parques itinerantes de diversão e concentração dos times de futebol do River Playte, Botafogo e Tupi que depois se juntaram criando o Tupinense.
Ao adotar e cuidar da Praça Cândido Por-tinari tem uma sim-bologia para o bairro Tupi. É a origem de um dos bairros mais numerosos da Regional Norte e precisa ser ocupado pelos moradores com eventos para as famílias. “Já temos a terceira geração de moradores do bairro e precisamos retomar e preservar os espaços manter a qualidade de vida de onde moramos” diz Marcos Silva e um exemplo é o Ipê Amarelo que tem na praça e faz parte da mata nativa antes da fazenda virar o bairro Tupi.
Uma reunião com os moradores em torno da praça será marcada em breve para apresentar como funciona o projeto da Prefeitura para adoção de praças e áreas verdes.
Redação/foto:
Marcos Silva – redacao1@comunidadeemacao.com.br