Um poste da CEMIG em situação irregular no meio da pista da Avenida Basílio da Gama tem causado transtorno aos moradores no bairro Tupi. Os motoristas, que ao transitar naquele quarteirão da avenida, são surpreendidos com um poste sem qualquer sinalização. Os moradores relatam que cerca de seis acidentes já aconteceram naquele local.
José Barbara, dono de uma marmoraria na avenida, conta que já presenciou a colisão de carro no poste. Segundo José, na época que a CEMIG instalou a rede elétrica, a avenida era mais larga e não tinha sofrido com erosão causada pelas chuvas. Com o passar dos anos, o barranco cedeu e deixou a pista mais estreita. Atualmente a faixa da via que é reservada para a calçada, perdeu espaço para a pista de circulação dos veículos.
Recentemente a Prefeitura realizou uma obra emergencial na Avenida para conter um barranco que desmoronou durante as chuvas de 2019/2020. Além da contenção do barranco, a Prefeitura fez um recapeamento provisório naquele trecho da Avenida Basílio da Gama.
Outro morador que está incomodado com a situação do poste no meio da avenida e temendo que aconteça acidente mais grave é Robson Mota. Ele procurou a Prefeitura pedindo uma solução para o problema.
Passado um período, Mota recebeu um e-mail da Prefeitura informando que: “Conforme manifestação da DPIP-SD – Departamento de Iluminação abaixo, segue anexo o orçamento da CEMIG para remoção dos poste e também e também a NS, pois o poste não é ativo do Município (sic)”. Junto da resposta, Mota recebeu o orçamento enviado pela CEMIG, com o valor aproximado de R$119 mil para realizar a troca do poste de lugar.
De posse das informações, Robson Mota procurou o COMUNIDADE EM AÇÃO abismado com atitude dos órgãos públicos que queria transferir a responsabilidade para os moradores pagarem pelo serviço de remoção do poste. “Isso é de responsabilidade da Prefeitura e CEMIG”, questionou o morador.
Procuramos a Cemig que por meio da assessoria de imprensa, enviou a seguinte nota para nossa redação.
“A Cemig esclarece que o poste em questão não se encontrava em situação irregular quando foi instalado pela companhia. Posteriormente à instalação da estrutura, houve abertura da rua por parte da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, obra que fez com que o poste passasse a estar em local inadequado.
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A companhia esclarece, ainda, que o orçamento apresentado pela reportagem não foi enviado ao cliente e sim à Prefeitura, para que a administração municipal possa arcar com o custeio do serviço de remoção e reinstalação da estrutura em local apropriado. Sendo assim, a Cemig reitera que, nessa situação, não é o cliente que arca com as despesas da obra.
Por fim, a Cemig informa que enviou carta-acordo à Prefeitura, e aguarda retorno quanto ao aceite/pagamento da carta, que possui condições vigentes até o dia 19/05/2023.”
O COMUNIDADE EM AÇÃO também procurou a Prefeitura que informou: “A Prefeitura de Belo Horizonte está ciente da situação e informar que os custos da retirada dos postes em questão, obviamente, serão custeados pelo município. Em negociação com a CEMIG, a remoção efetiva dos postes aguarda cronograma de execução.”
Para o Robson Mota foi um alívio saber que ele não terá que pagar pela remoção do poste. “Vai trazer mais segurança e tranquilidade para os moradores. Outro dia o meu vizinho do lado quase foi atropelado ao sair no portão da casa dele, para desviar do poste o carro passou rente dele e por pouco ela não é atropelado aqui” contou Mota lembrando que o trecho da avenida só serve para o trânsito local.
Redação e foto: Marcos Silva
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