A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) entregou cinco novas ambulâncias ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) nesta quinta-feira (15), com o objetivo de modernizar o atendimento pré-hospitalar na capital mineira. Os veículos, fornecidos pelo Ministério da Saúde, substituirão unidades antigas da frota e estão equipados com tecnologia de ponta para garantir suporte avançado à vida.
Novas Ambulâncias Reforçam Atendimento de Urgência

As novas ambulâncias atuarão como Unidades de Terapia Intensiva (UTI) móveis, contando com equipamentos como aspirador portátil de secreções, oxímetro, ventilador artificial eletrônico, monitor cardioversor, desfibrilador e bomba de infusão de seringas. Esses recursos são essenciais para o atendimento de pacientes em estado crítico, proporcionando estabilização até a chegada a uma unidade hospitalar.
O prefeito Álvaro Damião destacou a importância da renovação da frota: “Isso é um hospital transitando pelas ruas de Belo Horizonte. A renovação da frota é uma forma de melhorar a qualidade do atendimento para quem precisa e também para quem trabalha nessas unidades. A gente consegue agora fazer esse atendimento de forma mais moderna.”
Atualmente, a frota do SAMU em Belo Horizonte é composta por 28 ambulâncias, sendo 22 de suporte básico (USB) e seis de suporte avançado (USA). Em fevereiro, a PBH já havia recebido duas USBs, totalizando sete novos veículos incorporados à frota neste ano.
Regulação Abrange 22 Municípios da Região Metropolitana
Além de atender a capital, o SAMU-BH é responsável pela regulação do serviço em outras 22 cidades da Região Metropolitana, incluindo Caeté, Mariana, Itabirito, Nova Lima, Ouro Preto, Ribeirão das Neves, Sabará, Santa Luzia, entre outras. Cada município é responsável por sua própria frota de ambulâncias, mas a coordenação centralizada permite uma resposta mais eficiente às emergências na região.
Transporte Sanitário para Pacientes de Hemodiálise
Apesar dos avanços no atendimento de urgência, o transporte sanitário para pacientes em tratamento de hemodiálise enfrenta desafios significativos em Belo Horizonte. A demanda reprimida por esse serviço tem sido tema de discussões na Câmara Municipal, evidenciando a necessidade de melhorias na logística e na infraestrutura disponíveis.
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Segundo informações do Plano Municipal de Saúde 2022-2025, a cidade conta com 90 veículos para transporte em saúde, sendo 40 ambulâncias, 49 carros destinados a pacientes em hemodiálise e um veículo para visitas domiciliares. No entanto, a falta de assistentes sociais tem causado atrasos na triagem e no atendimento adequado aos pacientes, conforme relatado em audiência pública realizada pela Comissão de Saúde e Saneamento da Câmara Municipal.

O secretário de Saúde, Danilo Borges, afirmou que a Prefeitura está negociando com o Governo Federal um contrato para atender os usuários do transporte sanitário. Atualmente, o município arca com os custos do serviço, que é considerado deficitário, deixando vários pacientes acamados na fila de espera. Borges garantiu que em breve haverá novidades, incluindo a aquisição de novas ambulâncias para o serviço.
Legislação Garante Transporte Gratuito para Pacientes Renais
Desde 2006, a Lei Municipal nº 9.198 garante transporte gratuito para pacientes residentes em Belo Horizonte que estejam em tratamento de hemodiálise. O serviço deve ser oferecido desde a residência até a clínica e no retorno, visando assegurar o acesso contínuo ao tratamento essencial para a sobrevivência desses pacientes.
Resposta às Emergências
A renovação da frota de ambulâncias do SAMU representa um avanço significativo na capacidade de resposta às emergências em Belo Horizonte e região metropolitana. No entanto, é fundamental que a Prefeitura também intensifique os esforços para aprimorar o transporte sanitário eletivo, especialmente para pacientes em hemodiálise, garantindo o cumprimento da legislação vigente e a dignidade no acesso aos serviços de saúde.
A expectativa é que, com as negociações em andamento com o Governo Federal e a aquisição de novos veículos, o município consiga atender à demanda reprimida e oferecer um serviço de transporte sanitário mais eficiente e humanizado para todos os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
Reportagem e Foto: Marcos Silva | redacao1@comunidadeemacao.com.br