Redação: Marcos Silva – redacao2@comunidadeemacao.com.br
O bairro Guarani na Região Norte da Capital tem nova circulação de trânsito a partir de quinta-feira (8/4) implantada pela BHTrans. A informação foi publicada no Diário Oficial Município (DOM) no dia seis do mesmo mês alterando o sentido de circulação do trânsito nas ruas Reis de Almeida, Marquesa de Santos e Professora Maria Sylvia, no bairro Minaslândia, além da Avenida Waldomiro Lobo que está na divisa dos dois bairros.
Com a mudança o fluxo de carros passou a ser da seguinte forma: veículos que entram no bairro pela Av. Waldomiro Lobo, vindos da av. Cristiano Machado com destino à avenida Saramenha, terão que virar a direita na Rua Reis de Almeida (que passou a ser mão única naquele quarteirão), em seguida à esquerda na Rua Marquesa de Santos e posteriormente na Rua Professora Maria Sylvia onde tem um semáforo. Se for passar pela rua Siri o motorista tem como opção as ruas secundárias para chegar até avenida Saramenha. Os motoristas que vêm do bairro Minaslândia sentido ao Guarani terão que entrar nas ruas Marquesa de Santos e Professora Maria Sylvia para chegar até o Guarani.
Na confluência da Avenida Waldomiro Lobo e ruas Professora Maria Sylvia e Siri foram colocados semáforos para os veículos e pedestres.
Era para resolver
As intervenções feitas pela BHTrans não resolveram os problemas no trânsito local. Para acessar ou sair do supermercado os motoristas estão fazendo conversão à esquerda em cima da faixa continua cometendo infrações com conversões em local proibido. Outros circulam com os veículos na calçada em frente ao supermercado colocando em risco os pedestres.
A solução apontada por moradores para o local é colocar um canteiro central no quarteirão entre a rua Profª Maria Sylvia até a rua Ana Lúcia para que não faça a conversão à esquerda no meio da pista e fiscalização para coibir a trânsito na calçada.
Líder social e comerciante no bairro, Edmilson Carneiro aprovou a nova circulação de trânsito, “ficou uma beleza, foi muito bom ter o sinal aqui, a comunidade está satisfeita e melhorou muito” disse o ex-presidente da associação do bairro. Edmilson ressaltou a necessidade de alguns ajustes, pois os motoristas não acostumaram com as mudanças “que antes era de um jeito e mudou” para melhor destacando que os motoristas precisam cumprir as regras de trânsito, mas vai precisar de tempo para acostumar.
Edmilson reclama que os motoristas estacionam em local, que tem placa instalada pela BHTrans para os clientes de farmácia. A legislação determina que para usar as vagas enfrente a farmácia é por curto tempo e com o pisca alerta ligado durante o período da compra de medicamentos.
Nem todos agradaram com as mudanças. Alguns motoristas de táxi que fazem ponto na avenida reclamaram da falta de diálogo por parte da BHTrans para mudar a circulação do trânsito no local. Outros foram a favor, mas nenhum deles quiseram ser entrevistados pela nossa reportagem. Quando a BHTrans iniciou o projeto convidou representantes dos comerciantes, moradores e taxistas, somente alguns moradores e comerciantes compareceram à reunião na Regional Norte.
Demorou em implantar
Anuncida em 2014 pelo então secretário da época na Regional Norte, Élson Junior, o projeto tinha como objetivo atender duas demanda dos moradores e comerciantes, melhorar a circulação do trânsito na Avenida Waldomiro Lobo e acabar com o bota-fora clandestino no local.
Porém a execução do projeto teve problemas. O dono dos lotes no final da Rua Marquesa de Santos destruiu o muro de contenção que havia sido construído pela Prefeitura. A Prefeitura notificou, multou e denunciou na Justiça o dono do terreno alegando danos ao patrimônio público. O dono do terreno conseguiu uma liminar paralisando a obra.
Segundo apuramos no ano passado com o secretário de Obras da Capital, Josué Valadão, a Prefeitura recorreu e ganhou em duas instâncias e pode concluir a obra que ficou paralisada por dois anos aguardando a decisão do Juiz.
Foram investidos cerca de R$ 225,6 mil além da implantação da sinalização. Quanto ao terreno no final da Rua Marquesa de Santos algumas lideranças do bairro Minaslândia estão mobilizadas para conseguir a desapropriação do terreno e parque ele seja incorporado ao Parque Nossa Senhora da Piedade.
Professora Maria Sylvia
A Professora Maria Sylvia de Castro Alvim foi a sócio fundadora, junto com a Professora Tereza Campos Machado, da Escola São Tomás de Aquino. Fundada em 1954 a escola funcionou em dois endereços na área central de Belo Horizonte e posteriormente mudou para o Bairro São Bento.
A Escola Santo Tomás de Aquino iniciou suas atividades na Rua Guajajaras com o apoio de Dom Antônio Santos Cabral, o então arcebispo de Belo Horizonte. Depois mudou para Rua Guajajaras, para uma nova sede na Rua Timbiras.
No final dos anos 70 com visão no futuro as professoras Maria Sylvia e Maria Tereza adquiriram 11 lotes no bairro São Bento. Começa a construção da sede definitiva da ESTA(Escola Santo Tomás de Aquino), projeto do arquiteto GlenHodgson.
A Escola Santo Tomás de Aquino é referência na educação de Belo Horizonte pela dedicação de suas fundadoras que nunca deixaram intimidar pela frágil expressividade feminina na sociedade da época e imbuídas de coragem e audácia elas conseguiram dedicar suas vidas a educação.
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