Segundo pesquisa da CDL/BH, 64% dos lojistas estão otimistas com as vendas e 48% investirão em alguma ação publicitária para aumentar o faturamento. Expectativa dos comerciantes é que tíquete médio seja de R$ 186
As vendas em torno do Dia das Mães, celebrado em 14 de maio, devem injetar R$ 2,19 bilhões na economia da capital mineira. Este montante representa um crescimento de 1,2% em comparação com o mesmo período de 2022, quando a data movimentou R$ 2,16 bilhões na cidade. De acordo com levantamento da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), a expectativa de receita gerada é a maior desde 2015, quando as vendas geraram um montante de R$ 2,12 bilhões. A pesquisa ouviu 303 comerciantes da capital mineira entre os dias 31 de março e 12 de abril. O intervalo de confiança é de 95%, com erro amostral de 5,6%.
“O Dia das Mães é a segunda data comemorativa mais importante para o comércio. Neste ano, há a expectativa de superação de vendas, demonstrando otimismo dos lojistas em relação ao cenário econômico. A prova é que 64% dos comerciantes acreditam que a data deste ano será melhor que a de 2022”, analisa o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva. Ainda conforme o dirigente, a pesquisa apontou que 19,8% dos lojistas entrevistados acreditam que a movimentação em torno da data será igual a do ano passado e 16,2% acham que será pior.
Para atender às demandas dos consumidores, 40,9% dos entrevistados afirmam que, em comparação ao último ano, vão aumentar o estoque; 43,9% irão manter o mesmo patamar e 15,2% pretendem diminuir.
Em relação aos gastos dos consumidores com presentes, 36% dos lojistas acreditam que irão aumentar em comparação a 2022. Para 30% o investimento deve ser igual ao do último ano e 34% acham que os clientes irão diminuir.
Um presente por cliente
A pesquisa da CDL/BH apontou que 55% dos empresários entrevistados esperam que cada consumidor compre um presente. O tíquete médio deverá ser de R$ 186,63, um crescimento de 59,5% em comparação ao último ano, quando o valor médio foi de R$ 117 por produto.
Na perspectiva dos comerciantes ouvidos pela CDL/BH, os nove produtos com maior saída para o Dia das Mães serão: Roupas: 31%, Calçados: 13,9%, Flores: 12,2%, Acessórios: 8,3%
Produtos de beleza (cosméticos, maquiagens): 8,3%, Itens de cama, mesa e banho: 7,9%, Artigos de decoração: 7,3%, Produtos personalizados (canecas, garrafas): 5,9%, Bolsas e mochilas: 5,6%
Formas de pagamento
Segundo o levantamento, os lojistas acreditam que as principais formas de pagamento utilizadas pelos consumidores serão: parcelado no cartão de crédito (48,5%) – com uma média de quatro parcelas; à vista no cartão de crédito (35,3%); PIX (14,2%) e cartão de débito (2%).
“É fundamental que os comerciantes ofereçam diversas formas de pagamento aos consumidores, pois isso amplia as possibilidades de vendas. Também é válido criar condições especiais para aqueles que optarem por pagar à vista. Lembrando que nenhuma dessas estratégias deve prejudicar a saúde financeira da loja”, aconselha a economista da CDL/BH, Ana Paula Bastos.
Investimento em publicidade
Para impulsionar as vendas da data, 47,9% dos entrevistados declaram que vão promover ações publicitárias. E para atrair os consumidores, 73,6% dizem que vão intensificar a divulgação dos produtos; 40,6% irão aumentar o mix de produtos; 32,3% pretendem decorar a loja; 25,4% devem flexibilizar e/ou facilitar o pagamento e 16,8% vão aperfeiçoar o atendimento.
Foco no Instagram e WhatsApp
Os lojistas vão aproveitar o alcance das mídias sociais para divulgar seus produtos. A pesquisa da CDL/BH apontou que as principais ferramentas e estratégias utilizadas serão: Instagram (75,2%); WhatsApp (45,5%); decoração na vitrine (20,1%); site da empresa (17,5%); Facebook (16,5%); boca a boca (4%) e carro de som (0,3%). Os entrevistados que afirmaram que não irão fazer divulgação, somam 10,9%.
A pesquisa perguntou aos comerciantes quais fatores poderão influenciar negativamente as vendas da data. Na perspectiva dos lojistas, os principais motivos podem ser: aumento do preço dos produtos (75,6%); Desemprego (11,6%); Aumento da inadimplência (5,3%). Para 2,3% dos entrevistados, nenhum fator poderá prejudicar as vendas.
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