Depois de muita especulação e articulação após a eleição municipal de 2024, a composição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) foi definida. A eleição foi no dia 1º de janeiro após a posse dos vereadores, prefeito e vice-prefeito para legislatura 2025 à 2028.
Empossados os 41 vereadores para 20ª Legislatura da CMBH, a primeira reunião plenária foi para eleger a Mesa Diretora. Seguindo o Regimento Interno, Juliano Lopes presidiu os trabalhos e secretariado por Bruno Miranda.
O vereador Juliano Lopes, Chapa 2 (Podemos), foi eleito para presidente da CMBH com 23 votos contra 18 da Chapa 2 do vereador Bruno Miranda (PDT).
Duas chapas disputaram
Com a reeleição de Fuad Noman (PSD) e a continuidade de boa parte dos vereadores, esperava-se um alinhamento político que facilitaria a implementação de políticas públicas prioritárias. No entanto, a presença de uma oposição consistente também deve fomentar debates importantes no plenário. Nos bastidores tiveram diversas articulações para captação dos votos que definiria a composição da Mesa Diretora para os próximos dois anos.
Foi o que aconteceu no dia da eleição para Mesa Diretora, duas chapas se inscreveram. A Chapa 1 encabeçada pelo vereador Bruno Miranda (PDT), composta por Helinho da Farmácia (PSD), Dr. Bruno Pedralva (PT), Loíde Gonçalves (MDB) e Juninho Los Hermanos (Avante),foi apoiada pelo Executivo municipal. Chapa 2 encabeçada por Juliano Lopes (Podemos), Fernanda Pereira Altoé (Novo) como 1ª vice-presidente, Flávia Borja (PP) como 2ª vice-presidente, Pablo Almeida (PL) como secretário-geral, Wagner Ferreira (PV) como 1º secretário e Wanderley Porto (PRD) como 2º secretário. O vereador Juliano Lopes foi vice-presidente da Câmara na legislatura passada e faz parte da “Família Aro” grupo politico que atua na Câmara Municipal.
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Os vereadores que votaram na Chapa 1: Arruda (Republicanos), Bruno Miranda (PDT), Cida Falabella (PSOL), Clayton Xavier (MDB), Bruno Pedralva (PT), Edmar Branco (PCdoB), Helinho da Farmácia (PSD), Helton Júnior (PSD), Irlan Mello (Republicanos), Iza Lourença (PSOL),Juhlia Santos (PSOL), Juninho Los Hermanos (Avante), Loíde Gonçalves (MDB), Lucas Ganem (Pode),Luiza Dulci (PT), Maninho Felix (PSD), Pedro Patrus (PT), Pedro Rousseff (PT).
Os vereadores que votaram na Chapa 2: Bráulio Lara (Novo), Cláudio do Mundo Novo (PL), Diego Sanches (SDD), Michelly Siqueira (PRD), Fernanda Pereira Altoé (Novo), Flávia Borja (DC), Janaina Cardoso (União), José Ferreira (Pode), Leonardo Angelo (Cidadania),Marilda Portela (PL), Neném da Farmacia (PMN), Oswaldo Lopes (Republicanos), Pablo Almeida (PL), Juliano Lopes (Pode), Professora Marli (PP), Rudson Paixão (SDD), Sargento Jalyson (PL), Tileléo (PP), Trópia (Novo), Uner Augusto (PL), Vile (PL),Wagner Ferreira (PV),Wanderley Porto (PRD).
Relevância da Mesa
Eleição da Mesa Diretora é sempre um momento de grande expectativa por definir os rumos administrativos e legislativos da Câmara. A gestão do orçamento anual, a condução de projetos e a articulação entre os poderes Executivo e Legislativo são tarefas fundamentais para garantir que a cidade de Belo Horizonte siga avançando.
A composição da Mesa Diretora segue critérios de representatividade proporcional dos partidos, quando possível, sendo formada por seis cargos: presidente, primeiro e segundo vice-presidentes, secretário-geral, primeiro e segundo secretários. Além de aprovar o orçamento anual da Câmara, a Mesa tem a atribuição de emitir pareceres sobre mudanças no Regimento Interno e de autorizar ausências do prefeito, entre outras responsabilidades.
Diálogo político
Concluída a eleição, alguns parlamentares das duas Chapas parabenizaram novo presidente Juliano Lopes, destacando sua trajetória política. O vereador Irlan Melo (Republicanos), que apoiou a chapa 1, cumprimentou o novo presidente e disse da necessidade de manter o diálogo aberto. “Se as portas do diálogo ficarem fechadas, não vamos conseguir construir as políticas públicas que a cidade tanto precisa”, declarou.
Wanderley Porto (PRD) eleito 2º secretário e foi vice-líder do prefeito na legislatura passada, também discursou. Ele disse que vereadores da base não foram consultados acerca da candidatura de Bruno Miranda. Ele alegou que Fuad havia prometido não interferir na eleição da Mesa. “Estaremos à disposição para reconstruir pontes que foram explodidas”, sinalizando para Prefeitura.
As atividades da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) voltarão após o recesso parlamentar de janeiro.
Reportagem e fotos: Marcos Silva
redacao1@comunidadeemacao.com.br