BH tem plataforma colaborativa de segurança

Câmaras dos moradores e comerciantes serão usadas na segurança pública

Belo Horizonte passa contar com uma plataforma de integração das câmaras de empresas particulares de segurança eletrônica ao sistema de monitoramento no Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte (COP-BH).

De forma colaborativa, objetivo é ampliar a capacidade de monitoramento da cidade, qualificando o atendimento das ocorrências pelas instituições de segurança pública, além de contribuir para a coordenação de operações integradas e planejadas e na gestão de grandes eventos e crises, inclusive as decorrentes de chuvas.

O serviço é feita por meio por empresas credenciadas pela Prefeitura que terão de ter a autorização dos seus contratantes, sejam eles cidadãos, condomínios ou estabelecimentos comerciais, para disponibilizar imagens da via pública para a plataforma colaborativa da PBH. As imagens ficarão armazenadas em nuvem, por sete dias, deixando acessíveis aos órgãos que atuam no COP-BH.

Prefeito Fuad Noman
O Fuad Noman pediu adesão ao programa de segurança da cidade – foto: @marcossilvabhz | JCA

 

Na apresentação do programa BH + Segura, o prefeito Fuad Noman pediu aos moradores e comerciantes que tenha câmaras externas em seus imóveis que façam o compartilhamento com o Município. “É uma adesão fácil, opcional, apenas das câmeras externas, ninguém quer saber nada de dentro da casa de ninguém, mas é uma situação que vai permitir que nós passássemos a ter cinco mil olhos pela cidade à disposição da Polícia Militar, Guarda Municipal e Polícia Civil”, disse.

Atualmente os órgãos públicos que participam do COP-BH têm mais de 3.658 mil câmaras espalhadas por toda a cidade, segundo dados da PBH, e poderão ampliar o número de imagens disponibilizadas, utilizando-as não apenas para fins de segurança, mas também no monitoramento da fluidez do trânsito, na ocupação do espaço público e na gestão de desastres.

COPBH
As câmaras privadas externas geram imagens para o COP-BH – Foto: Site/PBH

As câmaras particulares, que forem integradas à Plataforma, serão identificadas com uma placa, para que a população fique ciente que tal equipamento tem as imagens acessadas pelo COP-BH. Desta forma a instituição compartilha com as instituições parceiras conforme o tipo de ocorrência e auxiliando o monitoramento da cidade.

A diretora do COP-BH, Geórgia Ribeiro, definiu como importante avanço por parte da Prefeitura ao disponibilizar a tecno-logia que aumenta a quantidades de imagens no monitoramento da cidade. Ela espera que a população faça adesão, que gratuita, à plataforma Belo Horizonte + Segura.

“Por se tratar de uma plataforma colaborativa e que terá a própria população como principal beneficiada, acredito que cada cidadão, associação, empresa ou estabelecimento comercial que tenha câmeras voltadas para o espaço externo perceberá que compartilhar suas imagens será uma contribuição fundamental para a melhoria de um serviço que tem repercussão em áreas tão importantes, que são a da segurança, da prevenção, da mobilidade urbana e da gestão de crises e de grandes eventos”, disse a diretora.

Diretora do COPBH
A Georgia Ribeiro acredita que o serviço vai colaborar na gestão de crises – Foto: @marcossilvabhz | JCA

A Prefeitura garantem sigilo absoluto sobre qualquer dado ou imagem captado, em especial os que envolvem atitudes criminosas, suspeitas ou de natureza íntima, sob pena de responsabilidade administrativa, civil e criminal. Apenas os clientes de empresas particulares de segurança eletrônica poderão observar as imagens de suas próprias câmeras.

Questionada sobres as atuais câmaras de Olho Vivo, diversas estão sem funcionar, a diretora do COP-BH, Geórgia Ribeiro, que existem entendimentos para reativar as que estão com defeito.

Não é só a segurança

O cotidiano de Belo Horizonte vai contar com a modernidade e tecnologia de prevenção e gestão dos serviços públicos. Com o monitoramento das câmaras que aderir à plataforma, a Prefeitura quer identificar outras irregularidades. Acompanhamento da rotina da cidade vai permitir a verificação de acidentes de trânsito, deposição de clandestina de lixo, pichações e depredações de bens públicos. A mobilidade, um dos problemas da cidade, O COP-BH terá informações no memento de decisão de intervenção em uma via, assim em emergência de saúde ou desastres e segurança pública.

Desconfiança X aprovação

O Jornal COMUNIDADE EM AÇÃO lançou uma enquete em alguns grupos de comerciantes da Região Norte. Aprovação dos comerciantes foi de 79% acreditando ser um avanço e aumenta a sensação de segurança. Os 21% restantes não acreditam ser a solução. Juraci Soares aponta que a melhor solução é ter mais policiamento na rua. Ela relata a experiência que teve ao ligar para polícia solicitando a presença do policiamento para fazer uma verificação de suspeito que ficou por de 40 minutos na porta da clínica dela no bairro Guarani. Na opinião dela, somente o monitoramento por câmaras não vai resolver o problema, “a Câmara ajuda aos policiais a identificação dos assaltantes. Para nós seria melhor termos policiais na região. Essa é minha opinião!” disse Juraci.

 

 

Tentamos contato com o policiamento da região para ouvir a versão para o fato, porem as ligações não foram atendidas.

Um morador do Tupi fez o seguinte comentário em um grupo WhatsApp de Rede de Vizinhos Protegidos, “não tem almoço grátis, alguém tem que ganhar dinheiro com isso”.

Foi com desconfiança Edmilson Carneiro, proprietário de drogaria, questionou o motivo que as câmaras precisam ser integradas limitas as redes de empresas conveniadas com o programa BH + Segura. Para Edmilson é mais um investimento que o lojista terá de fazer se quiser participar. Assim como ele, diversos comerciantes têm os sistemas independentes que não são ligados às empresas de segurança privada.

Lembrando-se de outros programas de segurança pública que envolvia a participação da população, Edmil-son citou: “Policiamento Comunitário em parceria com a Polícia Militar em que os moradores pagavam por manutenção de viatura e gente ainda pagava a conta de um celular para eles, depois veio o Consep (Conselho Comunitário de Segurança Pública) que acabou e veio com a Rede de Vizinhos Protegidos que ninguém fala mais.”, disse o comerciante.

Os programas citados por Edmilson Carneiro, ficaram no limbo, envolvia a participação da população com a Polícia Militar.

Para participar do programa BH + Segura os interessados devem procuras informações no site da Prefeitura de Belo Horizonte.

Reportagem: Marcos Silva | redacao1@comunidadeemacao.com.br