Um vídeo que circula em grupos de WhatsApp na Zona Norte mostra dois policiais militares arrastando uma mulher pela calçada da Rua Furquim Werneck até uma ambulância do SAMU, no bairro Tupi. Na gravação, a mulher é colocada em uma maca com a ajuda dos policiais, aparentemente para receber socorro médico. Durante o episódio, uma integrante do SAMU acompanhava a ação. O registro também evidencia que chovia intensamente no momento.
De acordo com relatos de moradores, a mulher estaria em um possível estado de transtorno psicótico e frequentava bares da região consumindo bebidas alcoólicas.
Outro vídeo, supostamente gravado na noite anterior, mostra a mesma mulher caminhando nua pela Rua Furquim Werneck. Nas imagens, ela fala de maneira desconexa e exibe hematomas pelo corpo, afirmando que teria sido agredida. O portal Comunidade em Ação, em respeito à vítima, aos familiares e aos leitores, optou por não divulgar os vídeos.
Uma moradora do bairro, que preferiu não se identificar, relatou à reportagem que a mulher trabalhou recentemente no comércio local e possui uma filha que vive nos Estados Unidos.
A repercussão nos grupos de WhatsApp em que os vídeos foram compartilhados foi marcada por manifestações de indignação e perplexidade em relação à conduta dos policiais.
“Olha esta imagem, esta senhora é alcoólatra e estava circulando aqui no bairro Tupi entre Furquim Werneck e José Lins do Rego, sem roupa, olha a falta de amor dos PMs. Não vamos deixar isto impune”, declarou uma moradora.
Outro integrante dos grupos criticou a abordagem policial: “Isso não é jeito de tratar um ser humano, é um crime cometido por quem é pago pra cuidar das pessoas.”
Também houve questionamentos quanto à conduta e à formação dos profissionais de saúde que participaram da ação. “Precisamos ter coragem de questionar. Onde será que eles se formaram? Os militares a arrastaram e os funcionários do SAMU com a maca esperando!”, pontuou outra moradora.
O Comunidade em Ação tentou contato com a assessoria de imprensa da Polícia Militar, mas não conseguiu contato, os telefones não atendem. A reportagem segue acompanhando o caso para trazer novas informações.