Fuad e Bruno

A menos de 36 horas do segundo turno, eleitores têm para escolher prefeito de Belo Horizonte

 

Final das eleições em Belo Horizonte:

polarização marca disputa entre Fuad Noman e Bruno Engler

 

 

A disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte chega ao segundo turno marcada pela polarização. Com menos de 48 horas para a decisão, os eleitores da capital mineira estão divididos entre o atual prefeito, Fuad Noman (PSD), e o deputado estadual Bruno Engler (PL).

Duelo entre visões opostas

Representando uma ala mais progressista, Fuad Noman, prefeito em exercício, lidera uma aliança composta por partidos de esquerda e centro-esquerda que ficaram de fora da disputa no primeiro turno. Fuad assumiu a gestão municipal após a renúncia de Alexandre Kalil (PSD) – que deixou o cargo para concorrer ao governo de Minas Gerais.

Do outro lado, Bruno Engler (PL), apoiado por eleitores de perfil mais conservador e alinhado ao bolsonarismo, obteve o primeiro lugar no primeiro turno com 34,38% dos votos (435.853 votos), à frente de Fuad, que conquistou 26,54% (336.442 votos). Ambos agora competem pelo apoio dos eleitores em um segundo turno com alta expectativa de participação e engajamento.

Resultados do primeiro turno

Eleitores na fila para votas na 39ª Zona Eleitoral
Eleitores na fila para votas na 39ª Zona Eleitoral Foto: @marcossilvabhz | JCA

Além de Engler e Noman, outros candidatos somaram votos significativos no primeiro turno, incluindo Mauro Tramonte (Republicanos), com 15,22% dos votos (192.991), e Gabriel (MDB), com 10,55% (133.128). Candidatos como Duda Salabert (PDT) que  teve 7,68% (97,315), Rogério Correia (PT) 4,73 (55,393), Carlos Viana (Podemos) 1% (12,712) são votos dos eleitores que foram às urnas. Eles tiveram votações menores, seguidos por Indira Xavier (UP), Wanderson Rocha (PSTU) e Lourdes Francisco (PCO), que juntos representaram 0,26% do total de votos.

Foram 1404.285 eleitores, sendo que 1.267.794 são votos validos. Votos brancos e nulos 136.491 que representa 9,72% dos eleitores. 

Uma das principais surpresas foi a queda de Mauro Tramonte, que iniciou a campanha com boas intenções de voto, mas registrou uma queda expressiva durante a corrida eleitoral. Analistas atribuem o resultado ao apoio do ex-prefeito Kalil, que pode ter afastado parte do eleitorado do candidato do Republicanos.

Impacto da propaganda eleitoral e debates

A campanha no rádio e na televisão teve um papel decisivo para Fuad Noman, que era pouco conhecido no início da corrida eleitoral. Com a exposição nos programas eleitorais gratuitos, Fuad conseguiu aumentar sua visibilidade, destacando obras de infraestrutura e melhorias na saúde, principalmente na região Norte da capital, onde foram construídos 11 dos 17 novos centros de saúde.

Os debates também foram uma constante durante a campanha, mas muitas vezes criticados pelo público pela rigidez no formato, que limitou as discussões e gerou repetição de discursos. Nos confrontos, os candidatos concentraram esforços em ataques e críticas mútuas, deixando de lado, em grande parte, propostas específicas para o futuro da cidade.

Expectativas para a decisão nas urnas

À medida que se aproxima a decisão final, a disputa segue com uma ligeira vantagem para Fuad Noman nas pesquisas, embora as margens entre os candidatos variem conforme o instituto. Eleitores terão, agora, a responsabilidade de escolher entre duas visões distintas para o futuro de Belo Horizonte. Com propostas expostas e a campanha encerrada, cabe ao eleitor decidir, na urna, quem governará a capital mineira nos próximos quatro anos.

Reportagem: Marcos Silva | redacao1@comunidadeemacao.com.br