Pouco mais de quatro horas de um acidente com vítima no cruzamento das Ruas José Clemente, Maestro Vila Lobos, Gastão Cruls e Edgar Cavalheiro que fazem parte dos bairros Tupi e Floramar, por pouco não teve outro acidente.
Desta vez o incidente foi com uma carreta de 18 rodas carregada de madeiras que não conseguiu descer a Rua José Clemente em direção a Av. Saramenha. Segundo o relato do Carlos, morador na esquina das quatros ruas entre os bairros Tupi e Floramar, o risco de causar um acidente foi enorme pelo peso da carga. “Foi necessário chamar a polícia, isolar a rua e os militares da PM desviar o trânsito para Rua Gastão Cruls.” Os militares tiveram que reter o trânsito no local para a carreta descer a Rua Gastão Cruls em direção da Av. Saramenha.
Segundo o relato dos moradores, o trânsito ficou retido enquanto a carreta descia com segurança em marcha reduzida para não provocar outro acidente.
Os acidentes e incidentes com veículos pesados fazem parte da rotina dos moradores que moram naquele cruzamento. O perigo maior é pela manhã e no final da tarde quando o fluxo de veículos é maior com pessoas indo e voltando do trabalho.
Em reunião com os moradores, a BHTrans definiu que fará uma intervenção no local mudando o direcionamento da Rua Gastão Cruls que será mão única subindo em direção da Rua José Clemente.
Objetivo da BHTtrans é dar mais segurança aos pedestres, incluindo alunos de escolas, na travessia entre as quatro ruas entre os bairros Tupi e Guarani.
A proibição de circulação de caminhão e carretas também faz parte das reivindicações da população. “O ideal é colocar placas alertando para o perigo da circulação de caminhão transitar no local”, disse José Raimundo. Ele comenta que usar as ruas internas do bairro para cortar caminho devido às obras nas Avenidas Cristiano Machado esquina com Waldomiro Lobo. “Por aqui eu saio no Xodó-Marize e vou até Venda Nova.” completa.
Nossa opinião
Os problemas de mobilidade que antes eram restritos na área da Avenida do Contorno também chegaram aos bairros. Distante do centro da cidade, o poder público tem enfrentado dificuldades para resolver as demandas na circulação do trânsito nos bairros da periferia. Falta vivenciar o cotidiano do bairro. O problema é cultural por parte dos moradores envolvidos na decisão dos com o problema. Raramente participam das decisões e alguns querem levar no grito.
As lideranças sociais dos bairros já estão acostumados a lidar com o poder público municipal principalmente. Trazem consigo o traquejo e sabem os caminhos para conseguir que as soluções que atende a maioria da população. Mas nem todas as demandas da sociedade é possível para o poder público democratizar a discussão. O conhecimento técnico é impositivo na decisão, em outro momento precisa ser didático ao apresentar a solução.
O exemplo recente para aprovação da mão única da Rua Gastão Cruls no bairro Tupi. Aqueles que manifestaram contrario a mudança na circulação do trânsito, fizeram as suas defesas preocupados com acesso as suas casas com veículos. Esqueceram eles que no trânsito a prioridade é o pedestre que tem de ser protegido segundo as regras do trânsito.
Pense nisso.
Redação: Marcos Silva | redacao1@comunidadeemacao.com.br
Fotos: Colaboradores