O Movimento Belo Horizonte Mais Feliz deste mês será na Praça Cândido Portinari. No domingo (17) de 9h às 14h, a praça do bairro Tupi será palco de atividades culturais, arte, lazer, recreação, esporte, entretenimento e alguns serviços de utilidade pública.
Desde abril deste ano, o Movimento Belo Horizonte Mais Feliz retornou às praças, parques e outros espaços públicos das nove regionais, uma vez por mês, aos domingos.
O Movimento está na segunda edição proporcionando diversão com serviços municipais e atrações gratuitas, de diferentes linguagens, para diferentes faixas etárias, que estimulem o senso de comunidade e o desenvolvimento da cidadania, movimentando também as economias locais e dinamizando a vida social e cultural da cidade.
Na primeira edição do Movimento mensalmente o evento era realizado pontos fixo em parques e outros espaços públicos. Neste ano o evento o formato é itinerante nas regionais da cidade.
Programação
Para receber o Movimento Belo Horizonte Mais Feliz, a Praça Cândido Portinari no bairro Tupi recebeu um tratamento especial de revitalização dos equipamentos com pinturas, reparos e pintura, incluindo a quadra de esporte realizado pela equipe de manutenção da Regional Norte coordenada pelo Wellington Silveira.
A programação divulgada pela Prefeitura para o Movimento na Praça Cândido Portinari será:
9h às 14h – Barracas de comida de rua, artesanato e outros produtos.
9h às 14h – Brinquedos para crianças (Pula-pula, piscina de bolinhas, totó, etc)
9h20 às 10h – Prática de Liang Gong – Secretaria Municipal de Saúde
9h30 às 13h – Tenda da Saúde com aferição de pressão arterial, teste de glicemia capilar e vacinação para público adulto contra COVID (Bivalente) e Influenza – Secretaria Municipal de Saúde.
10h – Oficina “Web Rádio Comunitária” – com Elmo Sebastião
10h às 13h – Pintura de Mãos e Rostos – com Talitha Neiva
10h às 12h – Mascotes da Guarda Civil Municipal
10h às 11h30 – Brinquedos e Brincadeiras com Roniza Santiago – Escola Livre de Artes Arena da Cultura – Fundação Municipal de Cultura / Secretaria Municipal de Cultura
10h às 10h40 – Apresentação teatral “Zin e Zap Depois do Fim do Mundo” – Cia. Pituá
10h50 às 11h20 – Apresentação musical “Thiago Amaral Canta Tropicália”
11h30 às 12h10 – Apresentação circense “Memórias da Praça”
12h20 às 13h – Apresentação musical “Dokttor Bhu e Shabê + DJ Edd”
13h15 às 14h – Apresentação musical com o Bloco “Os Bateras Bateria Show”
É importante destacar para comunidade que o evento é promoção e realização da Pretura de Belo Horizonte.
A Praça
O bairro Tupi foi criando em torno da Praça Cândido Portinari que era ponto de referência para atividades comercial, lazer, esporte e política. O ponto final da antiga linha 79 (centro bairro Tupi) era na Praça, local que tinhas o bar do Domício e o local onde as pessoas encontravam os corretores que vendiam os lotes do bairro. Neste local eram instalados os parques, circos e os cinemas de lona que visitavam o Tupi.
Associação Atlética Tupinense também foi criada na Praça. Foi a fusão de três clubes amadores do bairro: o Botafogo que era time de categoria de base e Tupi e River Plate ambos os times adultos de Primeiro e segundo quadro como era classificado na época.
Um ícone que está na praça da origem do bairro é o ipê-amarelo que restou da mata nativa do bairro.
Quem é Cândido Portinari
Portinari nasceu em 30 de dezembro de 1903 na cidade de Brodowski, interior de São Paulo. Ele foi um importante artista plástico brasileiro da fase modernista. Reconhecido mundialmente, recebeu diversos prêmios e participou de inúmeras exposições. Além da pintura, Portinari também se dedicou à ilustração, gravura e à docência, sendo professor de artes plásticas.
Filho de italianos, Portinari veio de uma família humilde e era o segundo filho de doze irmãos. Com formação escolar apenas até o ensino primário, ele participou da elite intelectual brasileira da década de 1930.
Aos 15 anos foi para Rio de Janeiro, onde se matricula na “Escola Nacional de Belas Artes”. Aos 20 anos, Portinari já é prestigiado pela crítica nacional.
Em 1928, quando conquistou o “Prêmio de Viagem ao Estrangeiro” da Exposição Geral de Belas-Artes, quando obteve o reconhecimento mundial. Morou na Europa, incluindo Paris, onde conheceu artistas como Van Dongen e Othon Friesz, além de Maria Martinelli, uruguaia com quem se casou e viveu toda a vida.
Em 1931 regressou ao Brasil, mudou o estilo do trabalho valorizando as cores e abandonou os conceitos de volume e tridimensionalidade.
Portinari pintou cerca de cinco mil obras, incluindo três grandes painéis para o pavilhão do Brasil na “Feira Mundial de Nova York”, em 1939. Ele conseguiu prestígio nacional e internacional dificilmente igualado no Brasil. Recebeu vários prêmios mundialmente importantes.
Convidado por Oscar Niemeyer, em 1944, Portinari contribuiu com suas obras para o complexo arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte (MG). Destacam-se as composições sacras São Francisco e Via Sacra na Igreja da Pampulha.
No bairro Tupi o frequentador da Praça Cândido Portinari no mobiliário tem referência do trabalho do artista plástico nos azulejos em diversas tonalidades de azul, semelhante ao da “Igrejinha da Pampulha”.
Cândido Portinari retratou principalmente questões sociais. Tornou-se renomado ao explorar temáticas brasileiras que incluem a luta das classes dos trabalhadores nas plantações de café, favelas e cidades. Também produziu obras relacionadas com as lembranças de infância em sua terra natal.
O bairro Tupi tem na maioria das suas vias nomes homenageando poetas, escritores, artistas plásticos.
Redação e foto: Marcos Silva
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